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Linhas de Pesquisa

Monitoramento contínuo do micro e mesozooplâncton no Estuário da Lagoa dos Patos

O LABZOO desenvolve um projeto de monitoramento ambiental do zooplâncton e de parâmetros ambientais desde 2009, em alguns pontos da Lagoa dos Patos e na Praia do Cassino. As amostragens são quinzenais e integram o Programa Pesquisa Ecológica de Longa Duração Sítio 8: Estuário da Lagoa dos Patos e Costa Adjacente (32° S), o PELD-ELPA. Descrever os padrões de ocorrência e a variação das densidades das espécies frente a variabilidade ambiental e fenômenos climáticos como o El Niño são os principais focos dessa linha de pesquisa. Para obter mais informações sobre o programa PELD-ELPA. Exemplo de estudo.

Produção secundária do holo e meroplâncton

A produção secundária consiste na quantidade de biomassa nova produzida por animais heterotróficos, a partir dos alimentos que são assimilados, durante um período de tempo. Conhecer esse parâmetro é essencial para se compreender como ocorrem os fluxos de energia dentro de ecossistemas marinhos. Espécies zooplânctonicas mais abundantes são utilizadas em experimentos de laboratório para se quantificar o seu crescimento corporal e a produção de ovos, que indicam o seu potencial produtivo. Esses experimentos ajudam na compreensão sobre como essas populações flutuam no ambiente e quais variáveis ambientais (e.g. temperatura da água, salinidade) podem influenciar em sua produtividade. Exemplos de estudo aqui, aqui e aqui

Influência de parâmetros químicos, físicos e biológicos na distribuição, composição e abundância de organismos do holo e meroplâncton

Um dos objetivos das pesquisas do LABZOO é compreender como a variabilidade ambiental pode influenciar na estruturação das comunidades do zooplâncton. Para isso, o LABZOO dispõe de vários conjuntos de amostras que podem revelar padrões de distribuição e abundância das espécies, sua relação com as massas de água e diversas outras variáveis abióticas e bióticas. Exemplo de estudo.

Cultivo de organismos zooplanctônicos para uso em aquicultura e bioensaios

Organismos do zooplâncton como copépodes, cladóceros e rotíferos podem ser úteis para utilização como alimento em cultivos de peixes, crustáceos e moluscos e outros animais. Além disso, espécies como o copépode Acartia tonsa são utilizados como organismos de referência em ensaios que avaliam efeitos biológicos de poluentes, a toxicidade de certas substâncias e são importantes ferramentas em avaliações de risco ambiental. O LABZOO mantém culturas de algumas espécies de algas, copépodes, rotíferos, cnidários os quais podem ser usados em diversas aplicações. Exemplo de estudo.

Caraterização do processo inicial de bioincrustação e sua interação com o acoplamento pelágico-bentônico

Um dos objetivos das pesquisas do LABZOO é caracterizar a bioincrustação inicial em substratos naturais e artificiais através da investigação dos fatores físicos, químicos, geológicos e biológicos envolvidos na indução e na inibição deste processo, levando em consideração principalmente o fluxo vertical de matéria, energia e organismos existente entre os ambientes planctônico e bentônico, nas duas direções (acoplamento pelágico-bentônico). Esta linha de pesquisa possui caráter Ecológico (interação entre os organismos e o meio), Biotecnológico (investigação de extratos naturais como potenciais anti-incrustantes) e Ecotoxicológico (investigação da toxicidade de anti-incrustantes). Para isso, o LABZOO dispõe de salas de cultivo com unidades para a realização de experimentos ecológicos, biotecnológicos e ecotoxicológicos, além de cultivos pré-estabelecidos de organismos bioindicadores (i.e., copépodo Acartia tonsa). Exemplos de estudo aqui, aqui e aqui.

Análise e processamento de dados do Continuous Plankton Recorder (CPR)

O CPR é um amostrador de plâncton capaz de operar ao longo de amplas áreas do oceano. Ele pode ser acoplado a navios comerciais, como navios-tanque, grandes veleiros e navios de pesca, que realizam longas travessias transoceânicas, coletando plâncton continuamente durante os trajetos rotineiros desses navios. O CPR foi desenvolvido por Alister Hardy em 1931 e, devido a sua robustez e versatilidade, esse amostrador tem gerado dados para um dos monitoramentos contínuos mais antigos atualmente em. O CPR é arrastado em profundidades médias de 10 metros, e a água que entra através de um pequeno orifício em sua parte anterior é filtrada por malhas de seda que são gradativamente enroladas e armazenadas dentro de um tanque interno contendo uma solução de formol. A análise dos organismos nessa malha de seda tem revelado dados sobre a distribuição, biogeografia, migrações, mudanças climáticas, biologia pesqueira, florações de algas tóxicas etc... Atualmente existem inúmeros países utilizando o CPR como Estados Unidos, Austrália, Japão, Índia, África do Sul, França e Brasil, os quais compõe a Aliança Global de Amostragens do Continuous Plankton Recorder (GACS). No Brasil, o LABZOO tem realizado amostragens como CPR no continente antártico desde 2014, como parte dos esforços da GACS. Para maiores informações sobre o CPR, visite a página da Marine Biological Association. Exemplo de estudo.

Morfologia funcional e biomecânica do zooplâncton

Essa linha de pesquisa é baseada no estudo de organismos vivos através diversos métodos de filmagem, principalmente utilizando câmeras de alta-frequência de aquisição de imagens. Através da observação de comportamentos é possível compreender como esses organismos funcionam em um contexto físico. As diversas formas e tamanhos dos organismos do zooplâncton oferecem infinitas possibilidades de estudos ao nível individual, sobre adaptações morfológicas, interações animal-fluidos, interações predador-presa, sobre como operam suas estruturas corporais (exemplos de estudo aqui e aqui). A compreensão sobre a mecânica dos comportamentos desses organismos pode nos ajudar a estimar diversas taxas (alimentares, por exemplo) que, por sua vez, podem ser úteis para uma compreensão da estruturação dos ecossistemas pelágicos.

Biodiversidade e ciclo de vida do zooplâncton

Através de diversos projetos de pesquisa já finalizados ou em andamento, o LABZOO teve e tem acesso a amostras de inúmeras comunidades do zooplâncton marinho e estuarino. Nossa coleção reúne dezenas de milhares de amostras coletadas ao longo de grandes áreas do Atlântico Sul e Oceano Antártico. Somente no estuário da Lagoa dos Patos, já foram encontradas quase duzentas espécies de zooplâncton. Amostras frescas, contendo plâncton vivo, coletadas no âmbito do programa PELD-ELP, são rotineiramente analisadas para a identificação e para o cultivo de alguns organismos de interesse. Com isso, são realizados estudos sobre o desenvolvimento, os ciclos de vida e esses organismos também podem eventualmente ser utilizados em bioensaios e outros experimentos no LABZOO. Exemplo de estudo.

Interações tróficas e o papel do zooplâncton nas cadeias tróficas.

Um dos papéis ecológicos mais importantes realizados pelo zooplâncton é transferir a biomassa produzida pelo fitoplâncton para organismos maiores como peixes, mamíferos e outros vertebrados. Além disso, algumas espécies do zooplâncton podem exercem predação de forma tão intensa que chegam a exaurir o ambiente, diminuindo assim esse fluxo de energia para outros consumidores. Dessa forma, estudos realizados no LABZOO têm o objetivo de se caracterizar o espectro alimentar de espécies do zooplâncton, quantificar suas taxas alimentares e descrever relações tróficas entre esses organismos. Veja alguns exemplos de estudos desenvolvidos no LABZOO aqui e aqui

Interações entre o zooplâncton e atividades humanas.

Além da grande importância ecológica, algumas espécies de zooplâncton podem afetar negativamente atividades econômicas como o turismo e a pesca. Grandes agregações de águas-vivas atrapalham operações pesqueiras ao entupir redes, inviabilizando operações como o arrasto de fundo em determinadas áreas e épocas do ano. Além disso, águas-vivas tóxicas têm causado surtos de acidentes em banhistas ao longo do litoral sul do Brasil. Os objetivos desta linha de pesquisa são: 1 - Caracterizar esses impactos; e 2 - Compreender o contexto ecológico, social, oceanográfico e meteorológico que envolve a dinâmica populacional desses organismos e, portanto, os impactos que causam. Veja alguns exemplos de estudos aqui e aqui.

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